sábado, 12 de novembro de 2011

A Falta Que Me Faz



FILME DE MARÍLIA ROCHA NO CINECLUBE DE MATEUS LEME


Numa parceria com o programa Cine Mais Cultura, do Ministério da Cultura, a diretora de cinema Marília Rocha, de Belo Horizonte, está lançando dois de seus filmes de longa-metragem nos cineclubes de todo o país. Em Mateus Leme, a exibição será no cineclube da Casa de Cultura Cássia Afonso de Almeida, um projeto do Instituto Humberto Mauro.

Os filmes são "A Falta que me Faz", de 2009, que será apresentado no próximo dia 26, sábado, às 17 horas, e "Acácio", de 2011, a ser exibido em data ainda a ser marcada. Ambos foram apresentados em vários festivais no Brasil e no exterior, colecionando prêmios, tiveram lançamento em salas comerciais de várias capitais, foram editados em DVD pela Lume Filmes e exibidos na televisão pelo Canal Brasil.

Transitando entre o documentário e a ficção, "A Falta que me Faz" acompanha o cotidiano de cinco moças do Vale do Jequitinhonha que experimentam o fim da juventude ainda alimentando um romantismo impossível. Em meio a conversas, obrigações e prazeres, cada uma delas encontra uma maneira de contornar a solidão e enfrentar as incertezas do futuro.

Convidada, a diretora deve comparecer à apresentação. Para Marília Rocha, "nenhum filme existe enquanto não é visto pelo público. O lançamento comercial é hoje pouco democrático e insuficiente para qualquer realizador. Por isso, a apresentação em cineclubes constitui uma nova frente de exibição e uma forma de aproximar as pessoas que compartilham o amor pelo cinema".

Na ocasião, será apresentado também o curta-metragem "O Doce Segredo de Bárbara", do crítico e cineasta mineiro Paulo Augusto Gomes, com a atriz Yara de Novaes. O filme estabelece um diálogo entre o presente e o passado a partir das reflexões do diretor e de sua atriz sobre um projeto malogrado dos anos 1980, quando tentaram filmar um conto da escritora mineira Terezinha Alvarenga.

domingo, 6 de novembro de 2011

Lavoura Arcaica



'LAVOURA ARCAICA" NO CINECLUBE DA CASA DE CULTURA CÁSSIA AFONSO DE ALMEIDA


Em "Os Livros, Nossos Amigos", Eduardo Frieiro fala de uma lista de livros que Somerset Maugham fez que devem ser lidos por puro prazer ou deleite espiritual. Para o autor inglês, são livros que nos ajudam a viver mais plenamente.

Maugham tocou num ponto essencial da filosofia da arte. Para Frieiro, "a arte, nas suas variadas formas, é uma das necessidades vitais do homem civilizado. É tão indispensável como o ar e o pão, enriquecendo e prolongando a própria vida".

O cineclube da Casa de Cultura busca essa realização do ser estético, escolhendo o que há de mais definitivo no repertório do cinema internacional. Nesta semana, o filme escolhido é "Lavoura Arcaica", de Luiz Fernando Carvalho, baseado no romance de mesmo nome de Raduan Nassar.

É o primeiro filme de Carvalho, mais conhecido como diretor de televisão. Trata-se de um dos filmes mais premiados do cinema brasileiro atual. Seu foco dramatúrgico são os conflitos pessoais dentro de uma família de descendentes de libaneses no interior do Brasil.

Dada sua longa duração, mais de 2 horas de projeção, não será exibido o curta-metragem. O filme será exibido em DVD, com projeção digital em tela de 75 polegadas e som perfeito. A sala tem 30 lugares.






Dia 15, terça-feira, no Cineclube da Casa:

14 hs : Cannabis, de Serge Gainsbourg
16 hs : Nicotina, de Hugo Rodriguez
18 hs : O Lobo da Estepe, de Fred Haines




QUANDO OS ESTUDANTES TOMAM A UNIVERSIDADE, A SOCIEDADE
SE PERGUNTA O QUE ESTÁ ACONTECENDO? 'IF..." RESPONDE.

A década era a da guerra do Vietnã, da revolução sexual, da ida do homem à Lua etc.

1968 começou com um desentendimento entre o estudante Cohn-Bendit e o ministro da Juventude francês, em Nanterre. Em todo o mundo, os estudantes protestavam por algum motivo. No Brasil, durante um protesto no restaurante Calabouço, no Rio, o estudante Edson Luís foi morto pela polícia. Em maio, na França, a Sorbone é invadida. Os estudantes levantam barricadas e enfrentam a polícia. 500 mil pessoas desfilam em protesto em Paris. A Sorbone é tomada pelos estudantes e a fábrica da Renault, pelos operários. 10 milhões de trabalhadores entram em greve. A Bolsa de Paris é incendiada. Em junho, no Brasil, acontece a Marcha dos 100 mil no Rio. Em setembro, em Belo Horizonte, é realizado um festival de cinema brasileiro com filmes políticos. Um dos filmes acaba com um deputado apontando um revólver para a boca. Em dezembro, a junta militar edita o AI-5.

1968 é também o ano em que foi produzido "If..." (Se...), do crítico Lindsay Anderson, da revista "Sight and Sound", um dos expoentes do Free Cinema inglês. O filme ganhou a Palma de Ouro de Cannes do ano seguinte e revelou o ator Malcolm McDowell, que depois estaria em "Laranja Mecânica", de Stanley Kubrick.

No filme, um estudante protesta contra o autoritarismo institucionalizado numa escola pública inglesa e seu protesto se transforma numa insurreição armada dos estudantes contra pais, mestres e outras autoridades. A escola representa um microcosmo da sociedade, não só inglesa, mas de todo o mundo, que naquele momento estava sendo contestada pelos movimentos estudantis de protesto.

"If..." é o nosso próximo programa. Devido à sua longa metragem, o curta-metragem não será exibido.
O filme será exibido em DVD, com projeção digital em tela de 75 polegadas e som esterofônico. A sala tem 30 lugares.
SÁBADO, DIA 12 DE NOVEMBRO, ÀS 17 HORAS, NO CINECLUBE DA CASA DE CULTURA CÁSSIA AFONSO DE ALMEIDA - PROJETO DO INSTITUTO HUMBERTO MAURO.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Diário de Uma Camareira



UM RETRATO DA FRANÇA ENTRE AS DUAS GUERRAS:
"DIÁRIO DE UMA CAMAREIRA", DE LUIS BUÑUEL

Nos anos 1960, Buñuel teve oportunidade de voltar a filmar na França. Escolheu um romance sobre os anos 1920 para mostrar o clima moral e político do país nessa época, que tinha levado à retirada de cartaz, pela polícia, de um de seus primeiros filmes, "L'Age D' Or", de 1930. O filme é "Diário de uma Camareira" (Le Journal d'une Femme de Chambre"), de 1964, com Jeanne Moreau.

Nele, Célestine é admitida como camareira pelos senhores de um castelo e introduzida no meio da criadagem. Célestine é diferente dos outros criados, mas também não é patroa. Ela tem senso crítico e pelo seu olhar - que seria o do cineasta - observamos as relações que se estabelecem entre aquelas duas classes sociais. Com a exceção de dois personagens, todos os demais são ignóbeis. Mas Célestine deixa-se contaminar por esse universo, ao pretender combatê-lo por dentro, e acaba por ser absorvida por ele, tal como aconteceu com Viridiana, a personagem de Buñuel do filme de mesmo nome de 1961.

O curta-metragem é "Eu não Quero Voltar Sozinho", de Daniel Ribeiro, um dos filmes premiados do 4º For Rainbow - Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual.

Os filmes serão apresentados em DVD em tela de 75 polegadas. A sala tem 30 lugares.

Sábado, 5 de novembro, às 17 horas, no cineclube da Casa de Cultura Cássia Afonso de Almeida - um projeto do Instituto Humberto Mauro. A casa está situada na rua Meyer, 105, Vila Suzana (Reta), em Mateus Leme. Telefone (31)3535-1721.