quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Diário de Uma Camareira



UM RETRATO DA FRANÇA ENTRE AS DUAS GUERRAS:
"DIÁRIO DE UMA CAMAREIRA", DE LUIS BUÑUEL

Nos anos 1960, Buñuel teve oportunidade de voltar a filmar na França. Escolheu um romance sobre os anos 1920 para mostrar o clima moral e político do país nessa época, que tinha levado à retirada de cartaz, pela polícia, de um de seus primeiros filmes, "L'Age D' Or", de 1930. O filme é "Diário de uma Camareira" (Le Journal d'une Femme de Chambre"), de 1964, com Jeanne Moreau.

Nele, Célestine é admitida como camareira pelos senhores de um castelo e introduzida no meio da criadagem. Célestine é diferente dos outros criados, mas também não é patroa. Ela tem senso crítico e pelo seu olhar - que seria o do cineasta - observamos as relações que se estabelecem entre aquelas duas classes sociais. Com a exceção de dois personagens, todos os demais são ignóbeis. Mas Célestine deixa-se contaminar por esse universo, ao pretender combatê-lo por dentro, e acaba por ser absorvida por ele, tal como aconteceu com Viridiana, a personagem de Buñuel do filme de mesmo nome de 1961.

O curta-metragem é "Eu não Quero Voltar Sozinho", de Daniel Ribeiro, um dos filmes premiados do 4º For Rainbow - Festival de Cinema e Cultura da Diversidade Sexual.

Os filmes serão apresentados em DVD em tela de 75 polegadas. A sala tem 30 lugares.

Sábado, 5 de novembro, às 17 horas, no cineclube da Casa de Cultura Cássia Afonso de Almeida - um projeto do Instituto Humberto Mauro. A casa está situada na rua Meyer, 105, Vila Suzana (Reta), em Mateus Leme. Telefone (31)3535-1721.

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