O Fantasma da Liberdade

'O FANTASMA DA LIBERDADE' NO CICLO DEDICADO AO BRUXO BUÑUEL

Na cena mais significativa de "O Fantasma da Liberdade" (Le Fantôme de
la Liberté), um grupo de pessoas se assenta para jantar em volta de
uma grande mesa. Mas eles estão assentados sobre vasos sanitários e
quando vão comer se trancam num cômodo, como se esse é que fosse o
momento de intimidade.

Penúltimo filme de Luis Buñuel, "O Fantasma da Liberdade" é "uma doce
subversão", como ele próprio o definiu em sua autobiografia. O grande
cineasta parece querer nos dizer, numa série de esquetes surreais e
cômicos, que o fantasma da liberdade nos assombra, porque estamos
presos às convenções sociais, sem coragem de ser nós mesmos.

O filme é de 1974, mais uma colaboração entre o diretor e o escritor
Jean-Claude Carrière. O elenco tem alguns atores preferidos de Buñuel,
como Michel Piccoli e Paul Frankeur, e também Monica Vitti, atriz de
Michelangelo Antonioni, e o ítalo-brasileiro Adolfo Celi, cujo
personagem chama-se Pasolini (alguma intenção nisso?).

O curta é "Assunto de Família", de Caru Alves de Souza, um dos
favoritos do público no 22º Festival Internacional de Curtas de São
Paulo.

Os filmes serão apresentados em DVD, com projeção digital em tela de
75 polegadas.

SÁBADO, DIA 14 DE JANEIRO, A PARTIR DAS 17 HORAS, NA CASA DE CULTURA
CÁSSIA AFONSO DE ALMEIDA
UM PROJETO DO INSTITUTO HUMBERTO MAURO.